segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Mamãe às vezes tem tomates!



De vez em quando mamãe supera-se a ela própria e surpreende-me pela positiva deixando-me cheia de orgulho!
Ora, o meu pai foi operado às cataratas, e sendo a sua primeira intervenção cirúrgica, com anestesias e com direito a uma estadia na clínica, estava todo "acagaçado" e mamãe a sofrer por ele!
Ela esteve sempre ao lado dele, depois foi para o quarto aguardar pela operação - correu tudo bem, como era de esperar - esteve com ele no recobro, depois no quarto e durante as refeições.
Eu fui lá ter com eles, fiquei descansada (tem de haver alguém na família com sangue frio para acalmar os nervos daqueles dois)!!!! E depois fiz-lhe a escolta até casa, pois que mamãe não gosta nada de conduzir à noite.
E é a partir daqui que vem o problema: conduzir!
Lá vim eu devagarinho no meu carro, à frente dela, chegámos a casa e eu disse-lhe que lhe arrumava o carro na garagem, ao que ela me responde que depois de manhã para tirar o carro não iria conseguir porque o espaço é apertado pois o carro do meu pai está lá também, e que o dito iria dormir na rua naquela noite.
Eu propus também que lhe tirava o carro na manha seguinte, mas com os nervos da mulher, não vale a pena contrariar e foi na rua que o carrito dormiu.
Ela que é mais ansiosa que eu e vendo-se sozinha em casa, dormiu à pressa e ainda não eram 8h da matina já andava levantada para ir para a clínica ter com o meu pai.
Coitada qual não foi o espanto dela que o raio do carro não pegava nem por nada, a bateria pifou!
Ela andou ali, de um lado para o outro, a minha irmã disse-lhe que o meu cunhado a podia levar (mais tarde) à clínica, mas depois eu teria de os ir buscar e ela não queria esse trabalho, queria era zarpar o mais depressa possível...andou ali...andou ali...até que me veio bater à janela do meu quarto...
Solução? Arranjei logo: mãezinha vais levar o carro do pai.
Ela: ai não, valha-me nossa senhora, sabes que o teu pai nunca me deixou conduzir o carro dele, e eu não sei conduzir o carro ainda tenho algum acidente.
Eu: qual acidente qual carapuça, vamos lá ver.
Fui tirar o carro do meu pai da garagem, ajeitei-lhe o banco, passei-lhe o carro para as mãos e disse para ir até à rotunda mais perto e voltar que eu estava (cheia de frio) no meio da estrada à espera dela.
Assim foi, assim veio e com uma cara já alegre diz-me: filha este carro é mais fácil de conduzir, eu vou bem.
Eu: Vai lá então, já te ligo.
Esperei meia hora certinhas, quando lhe liguei ela tinha acabado de estacionar e estava contente por ter conseguido. A seguir o problema consistia em dizer ao meu pai e, pior do que isso, ele ter de vir à pendura. (Eu nesta altura só me ria).
Ela lá lhe disse, sem stress e na hora de virem para casa, la piece de resistance, ela virou-se para e disse-lhe: eu levo o teu carro, mas tu vais aí caladinho, não abres a boca, nem pias para eu não me enervar ainda mais.
O homem aceitou e lá chegaram em paz...e eu a gozar o prato!!!!!!



7 comentários:

  1. ahahah É assim que tem de ser. Ela fala e ele ouve e cala!!

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  2. Mulher de garra a tua mãe!!!
    Bjs
    Maria

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  3. Errrr...como hei-de dizer isto?! O que passaste com a tua mãe: Podia ser eu sem tirar nem por...eu gélo de cada vez que é preciso pegar no carro de MorMeu (também já tive de fazer treinos, sempre a arfar de nervosa e mãos suadas...credo que medo)...igual, igual...por isso faxabor de não gozar muito tá?! Jinhooooossss

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  4. Ah grande mãe! A necessidade aguça o engenho :)

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  5. Quando tem de ser damos sempre um jeito :)

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