Cheguei a casa, na sexta-feira à tarde, e não vi a gatinha. De repente caiu uma carga de água e ouvi miar, reconheci-lhe o miar pois já a tinha ouvido a noite toda… Então coloquei um chapéu na cabeça, fechei os meus gatos na cozinha e saí disparada para a rua a chamar por ela. Fui dar com ela debaixo do meu carro, com frio e molhada, ela veio logo para mim e eu levei-a para casa. Dei-lhe de comer (estava com muita fome) e dei-lhe areia para fazer as necessidades. Às tantas tinha os meus gatos a miarem e a bufarem de um lado da porta e ela do outro também a miar: foi cá um festival!
Liguei para o contacto da SOS Animal que já tinha arranjado FAT e levei a gatita para lá!
Resultado= Boa acção!
Fiquei com um misto de sentimentos: felicidade por ter ajudado e tristeza por não poder ficar com ela.
Não tenho estômago para ser FAT, porque apego-me demais, sou muito apaixonada e depois iria custar-me imenso ela ser adoptada por outra família. O meu problema (ou não) é que ajo sempre com o coração, dou tudo de mim em tudo o que faço, porque não sei agir de outra maneira, não sei ser fria e por causa disso, muitas vezes sofro…
Mas o que mais me magoa é não ter o auxilio de alguém mais próximo, só obtenho aquela frieza típica como já ouvi: “tou-me a cagar para isso…para os teus sentimentos…para o que pensas…sê realista” Isto fere-me imenso.
Gosto de ajudar e não consigo virar as costas.
O que vale é que o pessoal das associações agradece imenso, por ajudarmos. Eu ajudei. Tirei mais um animal abandonado da rua e só gostava que todos fossem felizes, como tento fazer os meus felizes.
É pena que nem todas as pessoas pensem assim, tenho pena do ser humano por ser assim, frio e mau…
Como bem sabes, isso é um tema que me põe de lágrimas nos olhos. Mas, no meu caso, creio que será por pouco tempo.
ResponderEliminarA mim também me parte o coração ver animais abandonados e sou como tu, acho que não consigo ser FAT, porque me apaixono e apego demais aos animais. Tenho 2 cães, um deles retirado da rua acerca de ano e meio e tornou-se um grande amigo, já não vivo sem ele. Na véspera de Natal, fugiu de casa e andei de noite à chuva atrás dele, mas chegou uma altura que o deixei de ver e devias ver como fiquei, vim para casa a chorar (sim, eu com 23 anos em plena rua a chorar imenso). Mas graças a deus, ele veio para casa cerca de 1 hora depois, ficou ao portão a ganir para alguém abrir a porta. Senti um alívio...
ResponderEliminarMil pétalas...
Infelizmente nem do próximo têm compaixão quanto mais por animais. Contudo as acções ficam para quem as pratica e a tua foi de louvar! :)
ResponderEliminarCada um fica com as acções que pratica. Nunca te arrependas de fazer bem, em especial aos animais, porque eles são quem melhor sabe agradecer.
ResponderEliminarAgora não te metas com esta franqueza toda, aqui no blog, senão algum dia vais dar comigo a miar debaixo do teu carro loooool.
Os animais deixam-me muito sensível... bonito gesto.
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