quinta-feira, 12 de março de 2015
Estou lá
Adoro esta Mulher e as coisas que escreve. Está tudo dito:
É esta entre os 34 e os 35 anos, ainda perto dos trinta mas quase na fronteira do meio da década, ali a dobrar para a proximidade dos 40. Nem mais um ano nem menos: agora: hoje.
Tenho 34 anos, quase 35 e nunca gostei tanto de quem sou como agora, hoje. Todos os dias acordo e penso que tenho uma vida boa, que tenho sorte, que tenho audácia e talvez por isso também sorte, não sei bem, tenho cada vez menos certezas e nunca convivi tão bem com esse facto. Sim, tenho sorte, às vezes o universo conspira mesmo, às vezes o esforço e a audácia não chegam, às vezes o suor, o sangue e as lágrimas não são suficientes para se alcançar o que se deseja. Nem sempre o nosso destino está nas nossas mãos e na nossa vontade. Às vezes life sucks mesmo. Continuo, por uma questão de fé ou de superstição- não sei bem- talvez por descargo de consciência, a dizer baixinho para mim mesma que a sorte favorece os audazes: encoraja-me a agir, a arriscar, a seguir em frente.
Sinto-me bem. Gosto de mim. Gosto mesmo. E todos os dias acordo a repito que mereço coisas boas. Acreditar que sou boa pessoa e mereço coisas boas foi a melhor decisão da minha vida: orienta-me para coisas positivas, faz-me evitar coisas que me chateiam, faz-me rodear de gente de quem gosto, admiro ou com quem posso aprender alguma coisa e não gastar tempo com gente com más energias, faz-me despender energia com o que, no fim do dia, do mês, do ano ou da vida acredito que me vai fazer sentir que, sim senhor, valeu a pena.
Não me importam os que não se importam comigo. Não me preocupa o que pensam de mim as pessoas de quem não gosto, não legitimo ou não respeito intelectualmente. Aprendi a ser indiferente a uma série de coisas, a projectar tudo no futuro ("Qual a importância que este episódio vai ter para mim daqui a um ano?"- pergunto-me regularmente), a encolher os ombros, a sorrir com condescendência, a pensar alto "que se foda!"
Acreditar que mereço coisas boas, não sei se por sorte ou audácia- talvez um misto de ambas- fez com que as coisas boas começassem a acontecer-me. E, caraças, se eu as mereço...
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Os 20 para mim foram terríveis sem dúvida muito melhor os 30
ResponderEliminarEpah, se eu te disser que estive mesmo mesmo mesmo, para fazer disto o meu post de hoje, acreditavas?? :)))
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